Eduardo Oliveira Freire (*)
Gosto de ouvir o som dissonante da cidade. O costume é que me faz até apreciar a buzina alta de um carro. Os ensinamentos do professor ecoam na cabeça. Hoje, ele diferenciou a exoneração da demissão do cargo público. Estou preocupado com o edital do concurso que ainda não saiu.
O sol desta manhã me aqueceu e almocei muito bem. Não sei em quem vou votar e me dá ódio das musiquinhas das propagandas, que passam nas alturas. Uma colega me disse que não vai votar e depois pagará uma multa de três reais. Realmente, isso é tentador...
Na TV a cabo está passando um novo canal, só de desenhos animados japoneses. Não sou um conhecedor profundo, porém me atraem os olhos grandes das personagens, que mostram diversas emoções. No rosto só há um traço de nariz, salvo mínimas rugas quando as personagens são idosas.
Parei de ver novelas. Leio um pouco e navego na Internet. Tenho segredos que não prejudicam ninguém. Quem não os têm? Eu gostaria de não sentir mais a necessidade de ser bom em alguma coisa e receber elogios. Não gosto muito deste meu lado exibido.
Quero ser ação e parar de me preocupar com opiniões alheias. Lógico que as críticas construtivas são bastante relevantes. Fiz um comentário no blog de uma pessoa amiga e ela me questionou a razão de sempre fazer elogios, deixando de articular comentários críticos. Respondi: “É que sempre gostei do estilo como escreve. Faz pensar. Agora, dar palpite no estilo, sinceramente, estou muito verde para dizer algo, cometer gafes e dizer algo sem fundamentos”.
É a pura verdade. Mesmo que eu sinta a mesma coisa, ao ouvir um comentário artificial. Ela sempre me ajuda e dá boas dicas. Não quero passar por uma pessoa artificial. Todavia, o que as pessoas pensam da gente independe de nós. O jeito é relaxar e jogar para fora as neuroses...
(*) Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
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