Eduardo Oliveira Freire (*)
Prefiro o revelado ao escondido. Escuto as notícias de corrupções e que pessoas que eram consideradas intocáveis estão sendo investigadas e que, caso existam provas contundentes, deverão ser punidas. O processo democrático se consolida. Depois de tantos anos de ditadura, a Democracia é uma adolescente de dezenove anos que amadurece aos poucos.
Digo isso porque, depois de muitos anos de ditadura, as eleições de 1989 marcaram o processo de redemocratização do país, sendo a primeira eleição direta à Presidência da república. A Imprensa, mesmo sendo parcial ou imparcial, divulga informação. Pelo menos o cidadão tem livre-arbítrio e pode acreditar ou não nas reportagens.
Nos “Anos de Chumbo” não se podia dizer nada. Jornalistas eram censurados e os que protestavam, eram caçados. Quantas imoralidades aconteciam e não havia como provar, porque as CPIS nem sonhavam em existir! Hoje, mesmo com jogos de interesses e idéias nebulosas, pelo menos algo está sendo feito e os cidadãos ficam a par (mesmo existindo controvérsias a esse respeito) da situação do país.
O mundo perfeito não existe, está no plano das idéias. A História provou que tanto as ditaduras capitalistas, quanto as socialistas mataram inocentes e quem ousava criticar o regime vigente, no qual era obrigado a viver. Um vereador, até, foi assassinado, por elaborar uma lei contra o nepotismo.
Isso é uma vergonha nacional, concordo. Porém, emergiram as grandes mazelas da corrupção, os cabides de emprego, que por gerações assolaram o País; consumindo a saúde e a alegria da população desde que o Brasil era colônia e nos tempos em que morto até votava na era da “República dos Coronéis”.
Não estou querendo dizer que hoje em dia é um mar de rosas. Pelo contrário, nós, como cidadãos, precisamos escolher melhor os políticos, cobrar moralização em todos os níveis de governo, para que não haja tanto dinheiro desviado e que realmente melhore a moradia, a educação a saúde de todos. E também que os direitos dos brasileiros sejam respeitados.
Não posso me esquecer do trabalho do Ministério Público, em que os promotores de justiça ajudam, ao máximo, à sociedade, punindo quem a lesa. Afirmo que não acredito num mundo ideal, por isso prefiro viver nessa época (mesmo com graves problemas) do que em outras, em que quando acontecia algum crime, tudo era abafado e ninguém tomava consciência.
(*) Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário